Refletindo e Evoluindo

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domingo, 3 de maio de 2015

Pessoas não são substituíveis

E nem podem ser tratadas como objetos.
Pessoas não são substituíveis e como é difícil para alguns indivíduos entender essa lógica no cotidiano.
Entre compromissos marcados e atividades para fazer, não temos mais paciência para uma conversar olho no olho… dificilmente deixamos recados apaixonados ou engraçados no papel… ou ainda, não queremos perder tempo numa ligação quando a distância nos aperta o coração – manda-se uma mensagem.
Perdemos traços de nossa humanidade quando nos apegamos excessivamente na tecnologia, já que ela ‘parece’ preencher o vazio da alma…
Vivemos pela emoção do momento, aquela que vem intensamente e vai rápido, nos deleitando solitários pelos prazeres do mundo. Há sentido nisso?!
Esquecemos, contudo, que nossa identidade se constrói quando vivemos pela emoção do além tempo e espaço. Com ela, nos deleitamos acompanhados, internalizamos o aprendizado e a beleza da simplicidade e tudo o que sentimos se amplifica através de sorrisos e parceria.
Pessoas não são substituíveis, por mais que você não concorde com isso.
E sabe porquê?
Por que elas provocam em nós reações muito além do “gosto ou não gosto”. Elas reformulam nossa forma de interagir, de ver o mundo e também despertam o melhor e o pior de nós.
E quando uma pessoa morre sendo (bem) próxima da gente…? Ela deixa uma lembrança… um registro inexplicável… a compreensão de brevidade… nos faz pensar a importância dos pequenos gestos… e que ninguém vai tirar aquilo que tenho e sou.
“Outras pessoas não entram em minha vida?… Logo, vou substituí-la.”
Não. Você não vai deletar o que viveu para assim se preencher com novos acontecimentos. Tudo o que virá será para acrescentar na tua vida, isso se você permitir… se você não se martirizar e se apegar ao ontem com saudosismo… e entender que o presente te reserva surpresas e acasos. Continue.
Continuar não significa esquecer. Continuar não significa fingir que nada aconteceu.
Continuar significa que a parte boa deve ficar e prevalecer, e que a dor da perda deve pouco a pouco ser amenizada.
Pessoas não são substituíveis, mesmo quando elas escolhem nos deixar… e eu sei bem como é isso.
Sentimentos de raiva, indiferença e ódio percorrem as veias… enlouquecem e mexem com toda a nossa estrutura. Não adianta fugir ou dizer que a responsabilidade é do outro. As escolhas de fazer ou deixar de fazer são minhas e eu tenho que assumir as consequências.
Vivi. Aprendi. Farei diferente.
Pessoas não são substituíveis, e não existe atores principais e coadjuvantes.
Alguns acreditam que a vida é uma ficção (ou até uma novela), aonde uns são protagonistas e outros são coadjuvantes na nossa vida.
(A linha entre vida e ficção é muito próxima… mas elas nunca se tocam)
Separando as pessoas pelo papel que terão em nossa vida deixamos de celebrar dois aspectos fundamentais da natureza humana: a confiança e a lealdade.
Percebendo a vida como ficção/novela, não vamos ser verdadeiros, nem muito menos vamos poder exigir isso dos outros. Vamos confundir o que é real com o que é imaginário, e esquecer que a paciência edifica a confiança e que a intimidade é uma conquista… uma superação dos preconceitos bobos e dos ciúmes sem sentido.
Lealdade não se obtêm com brigas… com idas e vindas… mas com respeito nas grandes ou pequenas situações, na disponibilidade para compreender o outro e na valorização dos seus sentimentos.
Pessoas não são substituíveis, independente do que elas nos tenham feito.
Pessoas são únicas… e se algum dia eu escolher não mais conviver com elas, será porque fui considerado supérfluo… desnecessário… um objeto descartável… ou não tive a devida consideração.
Quem convive comigo sabe a minha escolha.
Qual é a sua?! 
Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e futuro Jornalista.

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