Refletindo e Evoluindo

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sábado, 29 de novembro de 2014

Ainda precisamos do velho Carpe Diem

Filosofia velha e barata…
Coisa de conquistador…
Besteira de gente que gosta de literatura….
Independente do que as pessoas pensam sobre a expressão em latim Carpe diem, acredito que precisamos de coisas velhas… de coisas que nos conquistem… de coisas que nos lembram a literatura.
Carpe diem é uma expressão em latim que significa “aproveite o dia”. Essa é a tradução literal, e não significa aproveitar um dia específico, mas tem o sentido de aproveitar ao máximo o agora, apreciar o presente.
É importante ressaltar que aproveitar o agora não excluí a possibilidade de aproveitarmos os outros dias, semanas, meses ou anos. A lógica desta filosofia é despertar no ser humano para aquilo que estão perdendo ao longo do tempo: a capacidade de contemplar e se deliciar com as relações e com o mundo.
Você já parou para observar crianças brincando num parque? Já acordou de manhã cedo para perceber como é gostoso pedalar ou caminhar com os primeiros raios do sol?
Você já deixou o celular de lado quando estava no bar só para prestar atenção aos seus amigos? Já riu de si mesmo (a) de uma situação engraçada?
Você já fez algo ousado quando estava gostando de uma pessoa só para saber no que ia dar e não ficar na vontade? Já praticou rapel ou fez mergulho para sentir o medo correr no corpo? E ainda assim continuou porque não queria perder de viver aquela experiência?
Aproveitar o dia é se deliciar com o presente, é se desapegar das certezas que envolve a mente, é buscar ares nunca antes respirados… é ter a capacidade de se entregar fora do que a sociedade acredita ser certo…. e muito mais.
Não se vive a vida querendo pular etapas….
Não se vive a vida esperando casar, ter filhos e estar num túmulo ao lado da pessoa amada…
Não se vive a vida com um planejamento já definido… ou o amor perfeito.
Então como se vive a vida? Pelas descobertas.
Pelas descobertas… que vais vivenciar nas várias etapas da sua caminha na terra, algumas boas e outras ruins, mas todas necessárias para amadurecer e enxergar o mundo como ele é, e não como você sonha. E enxergando o mundo como ele é, verás coisas fascinantes, e coisas apavorantes. A diferença, se você permitir, é que terás forças para admirar as coisas fascinantes e lutar contra as coisas apavorantes.
Pelas descobertas… de que nenhum relacionamento começa como uma programação pré-definida, nem que termina como os filmes da Disney e seu “felizes para sempre”. Saberás que a convivência terá seus altos e seus baixos, e que uma escolha é necessária fazer: você vai se apegar mais as qualidades ou aos defeitos da outra pessoa? Sim, esta será a tua escolha. Um relacionamento se constrói e se alimenta com o passar dos dias. Ah…terás outra escolha (várias, é verdade) a fazer: você vai se limitar a medos bobos, ou vai querer ultrapassar os próprios limites e experimentar prazeres simples e indescritíveis?
Pelas descobertas… de que não existe começo, nem fim, apenas a caminhada. Para algumas coisas nós devemos nos planejar, e para outras nós devemos nos arriscar. Amor perfeito? É Utopia dos alcoolizados, procura dos sonhadores, desgraça dos idealistas. Amor de verdade envolve imperfeições, e é justamente por estas imperfeições que ele se torna real e perfeito.
Ainda precisamos do velho Carpe Diem, porque parece que coisas velhas não são mais usadas, e pior: não são mais compreendidas. Aproveitar o dia… aproveitar o presente está fora da rotina das pessoas, e distante de seus desejos mais elementares.
Não sou perfeito…nem sei de tudo… mas eu sei que posso sentir medo e ainda assim seguir em frente. Sei que posso aproveitar o presente e me surpreender com os seus acasos…
Logo, Carpe Diem!!!

Por Ricardo Verçoza – Professor, Administrador e futuro Jornalista.

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